segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Temos um Jogo, mas temos quem jogue?

O Beisebol hoje - muito graças à ESPN - está mais difundido pelo Brasil afora do que nunca antes esteve. Em termos de conhecimento do esporte em si, a popularização é sem precedentes. Muito mais pessoas hoje conhecem as regras e alguns dos principais times do mundo(MLB) do que no passado. Isso é fato.

Em sentido oposto podemos dizer que está a prática. Quem vive o esporte hoje em dia, não imagina que um dia a cidade de São Paulo teve campeonatos inter-regiões, inter-bairros, tamanha era a quantidade de times que existiam. Nesse sentido temos um exemplo mais impressionante ainda, o exemplo da minha cidade natal, Tupã. Há menos de 40 anos atrás tínhamos, em uma cidade de menos de 40.000 habitantes(na época) mais de 50 times de beisebol, somando apenas a área urbana. Se fôssemos somar mais as áreas rurais teríamos mais de 100 times praticando o esporte dentro de uma cidade pequena.

Atualmente vemos clubes tradicionais que sempre tiveram o Beisebol como sua principal modalidade, perderem essa cultura de sua prática, deixando espaço para outras modalidades, como por exemplo, o tênis. E isso se reflete nos grandes campeonatos. O tradicional campeonato brasileiro da categoria pré-infantil, que na minha época(10 anos atrás) contava com 32 equipes, nesse ano teve a presença de apenas 20 times. Não estou querendo apontar culpados ou fatores causais desse decaimento, mas sim, apenas constatar esse decaimento. O exemplo de Tupã ainda é válido aqui. O time da cidade tinha pelo menos umas 50 crianças entre 6 e 16 anos praticando o esporte...hoje duvido que passe de 20.

Há salvação para a prática do Beisebol no país?
Minha opinião é: SIM!
Mas a salvação não reside onde sempre foi o reduto do esporte no país: os clubes nipônicos.
A salvação está em nichos fora dos clubes tradicionais.
Dentre eles, o mais forte é sem dúvidas o Beisebol Universitário, espaço FEAno de atuação.
Vemos surgir também muitos times formados por poucos, ou muitas vezes por nenhum atleta que já jogava antes em clubes. Times como Bacamartes, Bats, entre outros. O Beisebol descompromissado com clubes, cujo principal objetivo é o jogo, sem depender da Confederação.

São iniciativas particulares, com pouco ou nenhum apoio da CBBS.
São redutos de amantes do esporte, que lutam para que o Beisebol não morra.
É tempo de aproveitarmos que muitos tem uma noção básica de como funciona o Beisebol, para incentivarmos a prática. A ESPN faz a parte dela, como difusora do esporte. Resta a nós - amantes do esporte - e à CBBS - "responsável" pelo esporte - a tarefa de incentivar a prática do Beisebol nesse país que é do futebol, mas bem que poderia ser também, do Beisebol.


 Foto com Everaldo Marques no Marketing Esportivo da AAAVC.


Batemos um papo com Everaldo Marques depois de sua palestra. O cara é gente boa pra caramba e manja muito sobre esporte. Devo dizer que o esporte está sendo muito bem tratado pela ESPN, sobretudo o Beisebol. No período entre a saída do Ivan Zimmerman e a firmada do Everaldo Marques, o Beisebol sofreu um pouco, mas hoje tem seu espaço e tem um tratamento que merece.
Confesso que eu como fã do narrador Ivan Zimmerman, não aceitei de cara o Everaldo como narrador do meu esporte favorito, mas com o tempo dei o braço a torcer e vi que o cara é muito bom! Hoje não sinto a menor falta do Ivan narrando. Ahhh, talvez só do "Lê Lê Lê".

    Para aqueles que não conhecem o Ivan Zimmerman.
             Passem para 4:00 mais ou menos que vão ouvir o famoso LêLêLê.


PS: No começo iria fazer um post só pra postar a imagem do Clibinho e Eu com o Everaldo Marques, mas percebi que poderia falar algo mais...e um pouco mais...

3 comentários:

  1. Muito bom o post. Fora a responsa de carregarmos as cores da FEA, temos a responsa de levarmos o esporte para frente!

    Mas quando vc disse que era um post sem zueira, achei que era um post homenagem ao Marcel... Tsc.. Tsc.. Nunca serão...

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  2. Cara, o Everaldo Marques é a versão humana do Cérebro do Pink & Cérebro...

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